ESTÉTICA E CORPORALIDADE ENTRE OS YANOMAMI DO RIO MARAUIÁ Sabem por que eu adoro antropologia? Porque não é apenas uma ciência, mas, simplesmente porque ela abre a cortina para um mundo totalmente diferente e nós, antropólogos, imbuído nestes mundos como peregrinos, nunca seremos totalmente o outro que está ali a nossa frente e, o pior, nunca voltaremos a sermos o que éramos antes da imersão. Lembro que tinha uma anseio tão grande em aprender a língua yanomami que nos primeiros meses de campo cheguei a sonhar, literalmente, em yanomami. Acreditava, e acredito criticamente, na utopia malinowkiana da imersão na cultura do outro e foi o que tentei fazer através da língua (também cantei, dancei e participei dos rituais mais profundos[1] que uma pessoa “estranha” poderia participar). A cultura do povo Yanomami é singular, como são singulares as mais diversas culturas entre si. Porém, há tantos elementos sui generi que sempre que volto a convivência com os yanomami me espant...
Xe Mba’e é uma expressão em minha língua, o Poromongetá, que significa literalmente MINHAS COISAS, traduzido aqui como minhas produções. É um espaço para diálogos nas áreas da Antropologia, Filosofia, Educação e Arte. Compartilharei no Xe mba’e minhas produções intelectuais. Esperamos que o Xe mba’e seja mais que um local de entretenimento, mas que seja uma verdadeira rede partilhada de experiências e informações.
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