Anauê xe iru guê!
Neste post vou falar sobre o
incentivo ao desenvolvimento da educação voltada para o saber cientifico na Escola Padre José Schneider/AM, ou seja, a escola onde leciono Filosofia.
A Escola Estadual de Tempo
Integral Padre José Schneider teve uma grande alegria de receber este ano o convite para participar do FETEC 2019 no Mato Grosso do Sul. Um evento de cunho cientifico tecnológico de grande proporção.
A Escola Padre José é uma escola
Pioneira quando o assunto é incentivo a educação de qualidade e o apoio ao
desenvolvimento de uma educação voltado para a ciência. Gostaria de destacar
aqui os principais trabalhos realizados pela escola nesta área, pois também há incentivos em outras áreas como o desporto e o sócio-cultural.
Entre as atividades da escola
está a realização da OBMEP, coordenada pelo professor Alcenir Cristo e Alberto
da Gama que há muito tempo vem acompanhando o desenvolvimento dos alunos, bem
como a participação da Olimpíada Brasileira de Astronomia e com a Olimpíada
Brasileira de Saúde e Meio Ambiente OBSMA, realizada pela Fundação Fio Cruz.
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Participação na OBMEP |
Em 2017 a Escola Pe. José, como é
conhecida localmente, realizou a I Mostra de Ciências da escola. Tendo a frente
da organização da Mostra o Grêmio Estudantil da Escola, com apoio do Gestor
Prof. Nivaldo e dos demais professores, da qual destaco a Profª. Zenaide, Prof. Nildo e a Profª. Rosilene que abraçaram de forma mais intensiva a iniciativa dos alunos e alunas. Foi uma iniciativa inédita já que a
escola nunca tinha realizada uma Mostra de caráter restrito voltado para as
ciências (
na década de 90 houve uma feira
de ciência que é muito bem lembrado pelos alunos da época, hoje professores,
bem como feira cultural, mas que possui uma dinâmica diferente da Mostra).
A realização da I Mostra foi algo incrível e teve uma boa aceitação por parte
dos alunos com protagonismo e pro-atividade destes.
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Banner com a logo oficial da Mostra de Ciências |
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I Mostra de Ciências 2017 |
A ideia da Mostra de Ciência é
aproximar ainda mais os alunos e alunas do saber cientifico através da experimentação
e da replicação dos experimentos pesquisados. Não é uma mostra de inovação
cientifica. O objetivo é fazer com que os alunos refaçam nos seus projetos
aquele experimento pesquisado, entenda o seu funcionamento e a lógica por trás.
Que adquira um conhecimento teórico, mas também prático do fazer científico. Refazer
uma experiência retirada de um site, youtube, blog ou livro, tal e qual, no
primeiro momento pareceria apenas um “plágio” da experiência, mas esse refazer
é a grade sacada de quem faz ciência, porque no “refazer” nem sempre da certo,
nem sempre corresponde ao modelo observado e nem sempre utiliza-se o mesmo
material. E os alunos vão procurando alternativas para solucionar aquele “detalhe” e vão criando caminhos autônomos para
resolver problema ate o surgimento do insight e a aprendizagem se configura.
Nesta perspectiva é que a escola
lançou em 2018 a
II Mostra de Ciências, trazendo uma novidade, agora o desafio
fora lançado, a mostra passou a ser temática e teve como tema a
Era da Eletricidade. Ao fechamos e
delimitarmos a temática asseguramos o alunos a fazer uma pesquisa mais focada e
o desafiamos a buscar fontes mais alternativas. Um mesmo projeto, várias
exposições. Nesta edição também estendemos o tempo. Os alunos e alunas, com
seus conselheiros de classe, discutiram o projeto por um tempo maior. A atividade
da mostra se inicia em agosto e finda com as apresentações no dia 30 de
novembro.
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Banner da II Mostra de Ciências: A Era da Eletricidade |
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II Mostra de Ciências 2018 |
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Turma vencedora da II Mostra de Ciências: A Era da Eletricidade |
Neste ano de 2019 a III Mostra de Ciências vai abordar a
temática Mecatrônica: A Evolução das Máquinas.
A ideia é trazer para o público visitante a relação que temos com as máquinas,
a sua importância nos tempos atuais e também os desafios que a tecnologia
provoca. Regulamento, prêmios e novas categorias estão em fase de planejamento.
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Banner da III Mostra de Ciências 2019 |
Gostaria de agradecer a todos que
apoiaram financeiramente em especial aos amigos e amigas, Profª Elivone
Rodrigues (Secretária Municipal de educação), Prof. Elio (secretário municipal do
Meio Ambiente), Prof. Nivaldo, Prof. Paulo Roberto, Ozivalda de Oliveira, Cirlene
Santos, Prof. Mateus Coimbra, a todos do Grêmio Estudantil que promoveram
eventos para a arrecadação da premiação e aos que contribuíram indiretamente
com a Mostra de Ciências.
Mas, a Mostra de Ciências não
fica só no âmbito de sua realização, ela desperta o interesse e amplia os
horizontes dos alunos. Neste período de realização da Mostra a escola
conseguiu projetos contemplados por duas vezes seguinte no Programa Ciência na
Escola, edições de 2017 e 2018, onde os alunos desenvolveram pequenos projetos e
receberam bolsas de pesquisador júnior. Na edição do PCE 2017 submetemos o projeto
chamado de
Filo: a Era dos Deuses Gregos, um jogo de plataforma no estilo Super
Mário, da Nintendo. O projeto tentou conciliar a categoria de jogo educacional
com a jogabilidade dos jogos de entretenimento e ainda com a filosofia
pré-socrática. Os alunos do projeto aprofundaram a filosofia do período pré-socrático
e os mitos gregos.
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Aluno João Rivas e Angelo Morais trabalhando no projeto |
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nosso jogo de filosofia |
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enredo do jogo |
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reuniões no contra-turno do projeto |
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dedicação dos alunos para elaboração do projeto |
Na edição do PCE 2018, o segundo
projeto submetido e aprovado, foi uma abordagem mais tecnológica. Criamos um
aplicativo de realidade aumentada para a tabela periódica. O projeto era
chamado de
LabRA Science (Laboratório
de Realidade Aumentada de Ciências aplica a tabela periódica). Além de
aprofundar os elementos da tabela periódica, os alunos do projeto aprenderam um
pouco de modelagem 3d, no programa Blender 3D e a tecnologia da Vulforia
aplicada na engine Unity , utilizada para criação de jogos para android e pc.
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Joaquim Michel e Prof. Paulo |
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Entrega da Premiação de Destaque Regional da 9 OBSMA |
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O aluno Joaquim Michel representando o equipe do projeto |
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Aluno da escola Pe. José no Rio de Janeiro por ocasião da Premiação da Olimpíada |
Apesar de tudo isso, ainda falta
muito, precisamos encaixar as atividade da escola em uma dimensão maior de
instituições como a Febrace e a Mostratec, precisamos criar laços com agencias
de fomentos como o CNPQ, CAPES e FAPEAM, para que nossos trabalhos possam atingir
um número maior de jovens do nosso município. Precisamos do apoio da comunidade
escolar, do gestor e dos professores para realizarmos trabalhos significativos
e que possa reverberar na vida dos nossos jovens.
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