Licenciatura Indígenas: Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável

Anauê, xe iru guê!
Hoje vamos conhecer um pouco do curso que a Universidade Federal do Amazonas-UFAM está desenvolvendo aqui no Estado. Fico grato pelo convite do meu ex-orientador de mestrado Prof. Dr. Frantomé B. Pacheco em participar, mesmo como um colaborador sem vínculo institucional, nesta  empreitada da Universidade e mais grato ainda de poder acompanhar e ajudar, mesmo que modestamente, o linguista e Prof. Dr. Mateus Coimbra, nos aspectos da língua yanonami que adquirir ao longo dos anos de convivência com o povo Yanonami. Agradeço também a profª. Dr. Ivani, coordenadora geral do curso, em autorizar a minha participação na licenciatura Indígena do polo yanonami.

Vamos ao curso!


Logo marca da licenciatura indígena da Ufam

A Licenciatura Indígenas Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável é um curso especifico de nível superior para formação de professores pesquisadores indígenas. Uma pareceria entre UFAM/FOIRN, o curso possui conceito 4 na avaliação do INEP/MEC, e conta com turmas regulares (os povos Tukano, Baniwa Kuripako, Nheengatu) e Yanomami e Sateré-Mawé.

Alunos Yanonami do Polo Yanonami/Maturacá
Iniciado em 2009, fruto de reivindicação do movimento indígena do Alto Rio Negro, foi discutido de forma participante com lideranças, professores, pais e estudantes indígenas. Organizado a partir da territorialidade linguística é ofertado em seis pólos com metodologia Aprendizagem pela Pesquisa e currículo pós-feito, respeitando a legislação nacional e internacional sobre a educação indígena.
Sua aprovação final pelos povos indígenas ocorreu durante a Assembleia Geral na maloca da FOIRN, nos dias 29 e 30 de novembro de 2005 e pelo Conselho Universitário da UFAM em 29 de janeiro de 2007, por meio da resolução nº 028/2007-CONSUNI, retificada pela resolução nº 018/2013-CONSUNI, regulamentada pelas resoluções nº061/2012 CEG/CONSEPE.
A licenciatura permite a partir da gestão do conhecimento e de tecnologia sociais tradicionais indígenas e não indígenas, intercultural, compreender a realidade educativa local e nacional e o contexto sociopolítico que a determina e discutir a gestão territorial de suas comunidades e de suas terras. 
Aluno Modesto Amaroko Yanonami e Eu (participação dos professores da UFAM [no meu caso, sou apenas colaborador] na vida comunitária da aldeia)

Se propõe a ser muito mais do que um curso de formação de professores, associando a formação acadêmica a etnopolítica e à valorização das culturas indígenas como uma iniciativa de ensino superior voltada para formação-capacitação de cidadãos indígenas para atuarem nos seus contextos socioculturais.

Comentários

  1. A UFAM com a Licenciatura Indígenas: Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável, tem dado contribuições inestimáveis!

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