Anauê!
E nesta segunda postagem da
série, vamos entender e classificar as línguas indígenas. Primeiramente é
valido lembrar que a primeira instância que devemos saber sobre as línguas (quaisquer
que sejam elas) é que ela tem classificações que a linguística denomina de família.
Essa classificação, a nível geral, se
dar através de um critério genético, como na árvore genealógica por onde
podemos distinguir uma série de línguas, ou um conjunto delas, que apesar de
variantes possui um lócus original
comum. Ou seja, todas essas línguas partilham pontos estruturais comuns, uns próximos
outros distantes, mas suficiente para remeter a uma única origem, a uma língua anterior,
algo como uma “língua-mãe” e por essa razão denominamos de família linguística, sugestivo não? As vezes é possível identificar
essa “língua-mãe” como é o caso das línguas neolatinas (português, espanhol,
italiano, etc), que já sabemos, tem como mãe o latim.
Entretanto, isso não ocorre com a maioria das famílias linguísticas
línguas que existem espalhadas pelo mundo, inclusive com as línguas indígenas brasileira
cujo rastro fico na pré-história (infelizmente) cabendo a linguística o árduo oficio
de promover estudos históricos-comparativos entre as línguas para identificar
ou levantar hipótese sobre as “mães” que se perderam na história. E alguém perguntaria,
como se faz isso? Ora, através de estudos que consideram aspectos linguísticos como
estruturas gramaticais, sons e ate mesmo palavras que sofreram manifestações
diversas decorrente do tempo.
Em relação aos aspectos linguísticos
temos as seguintes famílias aqui no território brasileiro:
Família Tupi-Guarani
Família Karib
Família Jê
Família Aruak e Arawá
Família Guaicuru
Família Nambikwara
Família Txapakura
Família Pano
Família Mura
Família Katukina
Família Tukano
Família Maku
Família Yanomami
Não sei se esqueci de mais algumas (caso vocês saibam podem contribuir e reeditarei a postagens). Existem ainda algumas línguas isoladas
e, por fim, também existem as Línguas Gerais que falaremos mais tarde delas. Vocês
podem notar que há um vasto campo de pesquisa na área linguística e temos poucos
linguistas no Brasil. Boa parte dessas línguas tem estudos insipientes ou quase
nada.
Espero que esta simples
postagem, juntamente com a anterior, possa abrir nossa mente para as próximas postagens
na nossa serie Línguas Indígenas Brasileiras.
Quem quiser aprofundar mais
sobre esses aspectos recomendo a leitura de:
Suzete Haden Elgin: que é linguística?
John Lyons: introdução a linguística teórica.
J.Mattoso Câmara: princípios da linguística geral.
E é claro, o próprio
Aryon, D. Rodrigues: Linguas brasileiras: para o conhecimento das línguas
indígenas. Pela qual faço aqui uma releitura e trago boa parte das
informações destas postagens. A ele os maiores créditos!
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