IDENTIDADE TREMEMBÉ Um dia, estava voltando da UFAM e fiquei observando dois indígenas, que estavam sentando um pouco mais a minha frente no ônibus, falavam sobre o que era ser indígena, o que era ser um Tukano, um Uanano, um Sateré-mawé. Então, comecei a refletir um pouco sobre a minha identidade. Refletiremos identidade através de um conceito mais amplo, identidade como re-memorização assumida, como um deslocamento do olhar da nossa constituição interna (que entre os muitos elementos está a questão cultural), enquanto Tremembé, para as fronteiras diferenciadoras e os mecanismos de manutenção, como uma necessidade de rever e explicitar parâmetros antropológicos sobre a “identificação étnica” como objeto de estudo ao invés de atividade técnica, burocrática ou científica, tal como comumente é empregado pela FUNAI diante das reivindicações de pessoas e grupos que se afirmam indígenas (como eu) ou descendentes de indígenas. Faz pouco mais de cinco anos que assumi a minha identidade in
Xe Mba’e é uma expressão em minha língua, o Poromongetá, que significa literalmente MINHAS COISAS, traduzido aqui como minhas produções. É um espaço para diálogos nas áreas da Antropologia, Filosofia, Educação e Arte. Compartilharei no Xe mba’e minhas produções intelectuais. Esperamos que o Xe mba’e seja mais que um local de entretenimento, mas que seja uma verdadeira rede partilhada de experiências e informações.